Guerra dos Tronos.

Me empoleirei na janela de pedra, enquanto puxava a mão da minha ama e a arrastava para a janela, apontando freneticamente na direcção da frota de navios. 
Lisanne - a minha ama -, olhou horrorizada para a frota, enquanto, as cornetas tocavam. O metal das armaduras fazia barulho à medida que os soldados corriam, as cornetas começavam a tocar mais alto, aias e criados corriam para fora do palácio, alquimistas pegavam seus materiais e arqueiros pegavam suas armas. 
"SCHNEIDER! SCHNEIDER! VEM AÍ OS SCHENEIDER!"

não devia ser para ai 500 anos atrás, com arqueiros e palácios e tals?
mas gostei... são historias do meu género xb
só por a caso, estás a ver esta série?

Spoiler:

Não, por acaso não, mas vou tentar assistir *-* 
5 anos, porque é narrado pela protagonista, porque sim a história passa-se na era medieval c:

ah ok
tens uma seguidora
então foi coincidência o nome xb

*o*
É , eu amo este tipo tb de fan fics ^^
Só nao gostei da criada se chamar Lisanne me vem á cabeça a Lisanna de FT eu odeio ela e.e
Mas, bem fico á espera do capitulo 1 ^^

Bem estava a ver se ganhava apenas mais um comentário mas já vi que a coisa não vai lá, então vou deixar o capítulo 1. E por favor, leiam de verdade :c 
Esse ficou grandito, mas é necessário ;c

Memórias.


Me lembro tão bem daquele dia, foi à cinco anos atrás, uma frota de navios majestosos se aproximavam da costa. 
Eles me encantavam tanto, mal eu sabia que aquela seria a perdição da minha família, aqueles navios mudariam toda a minha vida, o meu mundo. 
-Lisanne! Lisanne! Vem, vê esses navios. - eu a puxei pela mão.
Lisanne dava pequenos passos desajeitados, para não me pisar -uma vez, que estavamos bastantes próximas- e ao mesmo tempo me seguir. Ela não estava entendendo direito o que eu queria dizer, eu falava apressadamente e bastante entusiasmada. 
-O que precisa, menina? - ela tentou sorrir.
-Vê! - apontei freneticamente para os navios que se aproximavam da costa. 
-Humanos. - Lisanne pronunciou. 
E aquele momento, pareceu passar demasiado rápido, nem lembro direito dele. As cornetas tocaram uma e outra vez, toda a atenção se prendeu na frota, como se esta fosse a coisa mais aterrorizante de sempre. 
O metal das armaduras fazia barulho à medida que os soldados corriam, as cornetas começavam a tocar mais alto, aias e criados corriam para fora do palácio, alquimistas pegavam seus materiais e arqueiros pegavam suas armas. 
-SCHNEIDER! SCHNEIDER! VEM AÍ OS SCHNEIDER! - algum cara na multidão gritou ao identificar o navio.
Lisanne me puxou, rapidamente, começando a correr. Me obrigou a descer as escadas e atravessar o átrio, onde uma grande confusão se gerava. 
-Annastasia! Klaus! - ela gritava , procurando por eles. 
Annastasia era uma alquimista bastante poderosa, que protegia o palácio, enquanto Klaus era um militar, com poucos atributos mágicos, braço direito de meu pai.
Klaus foi o único a responder à chamada de Lisanne, que por sua vez começava a chorar de desespero. Ele se aproximou de nós correndo e empurrando todos no seu caminho, parou bem na nossa frente e ofegou.
-Graças a deus, vocês estão bem! - Ele abraçou Lisanne. 
-Eles voltaram, Klaus. - ela soluçou - Eles vêm aí. 
-Calma, Lisanne, respire.
Obserbei a situação. Medo, desespero, tristeza, ódio, raiva, preocupação,... 
O que se estava a passar? Quem eram os Schneider? Qual o problema deles serem humanos? 
Klaus prendeu a sua atenção em mim, se ajoelhou na minha frente - ficando mais baixo do que eu- e pousou a sua mão grande sobre a minha nuca, a afagando carinhosamente.
-Vai ficar tudo bem, pequena. - ele falou num tom meigo.
-Quem são os Schneider? - perguntei inocentemente
-São caras ruins, menina, muito ruins. Nós vamos proteger você deles, tá bom? - Lisanne secou as suas lágrimas e me olhou.
-Tá. - eu sorri pra eles - Vão salvar todos deles, né? 
-Sim, meu amor, vamos salvar todos. - Lisanne pareceu desabar.
Senti mentira naquela frase, ela se abaixou ligeiramente e me abraçou. Não foi um simples abraço, eu pude sentir tudo o que ela transmitia, a pena, medo....A Mentira.
-ELES ESTÃO ATACANDO! - Um arqueiro gritou bem do alto da torre Norte.
-Klaus, leva ela. - Lisanne me empurrou para os braços do Klaus.
-Mas... - Ele se levantou e pegou minha mão.
-Leva ela, agora! - ela ordenou e se levantou. 
Klaus se rendeu, apertou minha mão e me puxou na direcção da ala Sul. Me virei para trás e por momentos pude ouvir um "Adeus" de Lisanne.
Nós corremos até às cavalariças, fui sempre seguindo Klaus, entramos no primeiro estábulo e já estava um cavalo  negro nos esperando, aparelhado e com um saco de mantimentos preso no arreio. 
Outro homem pegou uma capa, que colocou sobre mim, a apertando em seguida. Klaus subiu no cavalo, se ajeitando no arreio e me estendeu a mão pra me ajudar a subir enquanto o homem que eu desconhecia me subia até ao arreio. Fui colocada na parte da frente do arreio, tendo o Klaus atrás de mim passando os braços por mim para segurar nas rédeas.
-Se agarre nos meus braços. - Klaus aconselhou, assim o fiz.
Saímos devagar pelas traseiras do palácio, quando deixamos a aldeia, Klaus apertou fortemente a barriga do cavalo, que por sua vez partiu a galope na direcção da tão temida floresta negra.
Agarrei com mais força os braços de Klaus e fechei os olhos por alguns momentos. O clima parecia mudar à medida que penetravamos na floresta negra, antes apenas se notava uma leve nebelina, mas, agora estava a ficar mais frio e passava uma brisa constante. 
Puxei a carapuça da capa, para cobrir minha cabeça e proteger meu pescoço do frio que aumentava gradualmente. 
-Logo o frio passará. - Klaus falou me acalmando. 
A velocidade a que o cavalo galopava me assustava um pouco, não estava nada acostumada a montar,muito menos dessa forma ou a essa velocidade. 
Enquanto, eu estava perdida em pensamentos alheios, flechas e ádagas foram lançadas contra nós. Klaus puxou o cavalo para trás, pelo freio introduzido na sua boca, evitando que este fosse acertado pelas flechas.
Ao se ver cercado por armas brancas, o cavalo ergueu-se repentinamente sobre as suas patas de trás e relinxou fortemente. Fui a primeira a cair, bati com as costas abruptadamente no chão e não demorou para Klaus cair bem em cima de mim e  cavalo fugir com uma galopada forte. 
-Droga. - gemi de dor. 
Klau se virou, libertando a minha coluna do seu peso, se colocou de joelhos e quando se preparava para voltar a se erguer, dois lobos ferozes e raivosos apareceram diante de nós. 
Os dois tinham tamanhos e cores diferentes, o maior -que parecia ser macho- era negro, tinha um porte forte, presas afiadas e rosnava, focando os seus olhos estreitos em nós dois. O mais pequeno - na maior das probabilidades, fêmea- era branco, meio para o ruço, tinha um porte médio e ao mesmo tempo elegante, as presas eram igualmente afiadas como navalhas e este, as mostrava levemente sem omitir um único ruído.
Klaus os analisou e ofegante, bradou. 
-Lyon! Seth! Sou eu, Klaus Crimson. 
O lobo negro, deixou de rosnar na hora e o seu olhar raivoso mudou, como se mostrasse alguma felicidade nos seus olhos. Ambos se ergueram nas patas traseiras e de uma forma medonha, os seus corpos começaram a se deformar, tomando em pouco tempo uma forma humana.
-Quanto tempo, Klaus! - falou o rapaz de estatura mediana, que antes era um lobo negro. 
Observei a rapariga que se encontrava ao lado dele, era loira, um pouco baixa, possuia cabelos cacheados e um par de belos orbes esverdeados. 
Quais os nomes deles, mesmo? Seth e...Liuh? Lionne? Lyon. Era isso mesmo, os dois eram do género de lobisomens. Sim, duas estranhas criaturas míticas, estaria eu alucinando? 
-Quem é essa garotinha aí, Klaus? - Seth perguntou dirigindo pra mim um gentil sorriso.
-Essa é a herdeira dos Krause. - Klaus respondeu suavemente.
-Oh, estamos perante realeza. - Lyon se curvou me olhando com deboche - A garota cheia a lavanda e desinfetante. 
-Lyon, tente mostrar mais respeito! - Seth o repreendeu, séria.
O que estava acontecendo? Que droga de situação é essa? Minha língua está seca, meus olhos ardem, pupilas dilatam, o chão fugia debaixo de meus pés. Já não possuía ao menos força pra impulsionar o meu corpo pra cima, em mais uma tentativa ERRO de me levantar do chão duro e desconfortável de terra. 
-Hey, está tudo bem? - pude ouvir Klaus perguntar.
Mais uma vez, me faltaram forças para ao menos responder à pergunta que me havia sido feita. Senti os meus olhos se fecharem involuntáriamente, a minha cabeça se voltou a fixar no chão e a minha consciência desapareceu por completo, minha mente esvaziou, nem ao menos pude ouvir uma última palavra das outras pessoas presentes.


-Quebra de Tempo- 


A consciência foi voltando a mim lentamente, minha mente ficava confusa com alguns flashes que passavam vagamente pelos meus olhos, que estavam agora prontos para verem a luz de novo. Os abri lentamente, me acostumando à luz brilhante e quente do sol, que agora batia no meu rosto, coloquei meu peso sobre os braços e levantei meu corpo lentamente, até ficar sentada sobre o colchão onde me encontrava.
Analisei o sítio onde me encontrava, era um quarto "vazio", mas por sinal bastante espaçoso. As paredes não possuiam nenhuma cor, assim como o teto e o chão era de madeira rija. 
O quarto era preenchido por um armário alto, uma estante vazia, uma escrivaninha, uma cômoda bem larga com diversas gavetas, uma divisória indiana , a cama de dossel onde me encontrava sentada e por fim uma janela de vidros extremamente bem limpos enfeitada por um par de belas cortinas. 
Apesar de "vazio", o quarto era bem arrumado. A divisória indiana se econtrava mais ou menos na frente da janela, enquanto a estante ficava do lado, a cama estava no centro, a escrivaninha e a cômoda do lado da divisória e o armário do lado esquerdo da cama, escorado na parede branca.
Me livrei dos lençóis que outrora me cobriam e me levantei, sentindo agora o quão gélida era a madeira que revestia o chão, pousei a planta do pé sobre ele e fiquei caminhando pelo quarto. Vasculhei gavetas, prateleiras e todos os espaços vazios daquele quarto, não existia uma única pista naquele quarto que me revelasse onde eu estava. 
Ouvi a maçaneta da porta chiar, enquanto rodava, por detrás dela apareceu, Seth, que esboçou um sorriso amigável e acolhedor ao ver-me. 
-Que bom que acordou. - ela veio até mim e segurou minhas mãos.
-Onde estou? - neste momento, não tinha mais nada na cabeça a não ser aquela pergunta.
-Ah, está em nossa casa, não se preocupe. Logo tudo irá se esclarecer! - ela riu e me puxou - Venha, tem gente querendo falar com você. 
Seth me guiou por um longo corredor, este possuia cores pastel a cobrir as paredes, o chão continuava a ser revestido por madeira que parecia gelada aos meus pés descalços, as paredes estavam preenchidas por retratos, quadros paisagísticos e um grande relógio majestoso. 
O meu olhar ficou preso num quadro tão belo que tenho a certeza que nunca passou despercebido no meio de tantos quadros alheios. Era abstrato, mas eu conseguia sentir a eletrecidade, a alquimia, as vibrações que a tinta transmitia, os traços azuis pareciam raios celestiais, a heroína morena abria a mão fazendo brotar alquimia dela. 
Parei de andar, apenas para mirar e interpretar cada traço feito pelo pincel. Tanta precisão e minuciosidade num quadro, como poderia isso ser possível? Estava encatada com tal beleza, até uma tosse forçada chamar a minha atenção, era Seth.
-Lindo, não é? - ela perguntou, se juntando a mim.
-Bastante. 
-Quantos anos você tem, mesmo? 
-Treze anos de momento. 
-Bem, eu tenho quinze. - ela sorri - E acho que até agora você entendeu mais desse quadro do que eu. 
Não pude evitar esboçar um sorriso com o generoso elogio que Seth me lançou, retribui com uma reverência e um sorriso tímido. Seth fez sinal para eu continuar a seguindo, assim o fiz, caminhei vagarosamente atrás da cabeleira loira que se ia distanciando de mim. 
Deslizei a palma da mão lentamente pelo corrimão da grande escadaria, enquanto descia num passo apressado, numa tentativa de alcançar Seth no fim da escadaria. 
Observei a sala onde agora nos encontravamos, era iluminada em grande quantidade por luz natural devido às inumeras janelas que esta possuia em seu torno, a mobília estava em bom estado, os cadeirões eram forrados a veludo vermelho, as pequenas mesinhas de centro derivavam de uma madeira escura e devidamente envernizada. Era também decorada por vários retratos, tal como o corredor onde anteriormente passamos, e por fim duas figuras masculinas exerciam a sua presença, Klaus e aquele tal de Lyon.
-Você não poderia demorar mais, baixinha? - Lyon perguntou pra mim.
-Lyon, seja gentil com a garota! - Seth repreendeu-o.
-Ohh, certo, estou perante realeza. - ele voltou  a falar em deboche e bastante grosseiro.
-Basta! - Klaus interrompeu sério e entediado. 
Seth e Lyon se entre olharam, fizeram silêncio, tanto que deu para escutar um suspiro que escapou de meus lábios. Até agora, Lyon não me estava a agradar nada, era rude, grosseiro, mal educado, falava com deboche inumeras vezes e ainda me olhava torto. 
Klaus me guiou até a um cadeirão, bem na frente de uma mesa de centro que era rodeada por três outros cadeirões, que eram agora ocupados por Klaus, Lyon e Seth. 
-Bem, como sabem, minha visita vem a propósito da invasão dos Scheneider. 
-O quê!? Eles de novo? - Seth parecia bastante alterada com o assunto em questão. 
-Sim, desta vez liderados por Nazir Schneider, o novo herdeiro. Ele está empenhado a derrubar as terras do Norte, começando pela capital. 
-Então...A garota é a herdeira de Giovann Krause? - Lyon arregalou os olhos.
-Certo, a filha mais nova dele. O Krause mais velho, irmão dela, desertou faz cinco meses e faz algum tempo que está no Sul. - Klaus soltou um longo suspiro - Eles declararam guerra, mas nunca pensamos que tudo acontecesse rápido desse jeito. 
-Espera! - me manifestei confusa - Vocês sabiam que Araand ia ser atacada e não fizeram uma porra até eles chegarem e ficarem com aquela droga toda!? 
Klaus arregalou os olhos, Lyon e Seth pareciam chocados com o jeito grosseiro que eu havia usado agora mesmo. Mas, estava tudo muito confuso pra mim, num dia eu estou com meus pais no palácio e no outro estou fugindo de um cara com nome de cachorro que quer controlar a minha terra natal.
-Esquentadinha de língua afiada. - Lyon riu perdidamente. 
-Me-menina! Não use esse tipo de linguagem, não é apropriado pra você. 
-E também não é apropriado para um soldado bater em retirada quando sua terra está sendo atacada, ou é? - arqueei uma sobrancelha.
-Ouça aqui, você não conhece Nazir nem o resto dos Schneider. Não sabe do histórico de richas entre os Krause e eles, não tinha como evitar e muito menos prever a invasão. Sei que está confusa e por isso fique quieta no seu canto, garotinha. 
Klaus foi tão ríspido, que não tinha ao menos coragem para dar uma resposta para ele. Decidi obedecer tranquilamente, acenei com a cabeça me rendendo e apenas escutei o que eles falavam sobre a situação actual.
-Nós devemos voltar a nos unir, temos de proteger a herdeira a qualquer custo e durante a jornada ela deve ser ensinada por nós. Todos nós. - Klaus falou fazendo ênfase no "todos".
Ensinada? O que eles vão fazer comigo? O que vai acontecer de agora em diante? O que vai acontecer com a minha vida?

AMEI *----*
está mesmo demais a história.
Princesa com língua afiada vai ser interessante de ver xp
quando colocase mais? *0*